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Artigo | Dia da Amazônia - 05 de setembro


 
 
 
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05 de setembro - Dia da Amazônia

Frei Jacó Paiva de Mesquita, OFM*
Petrópolis - RJ


    
    A Amazônia é uma região da América do Sul definida pela bacia do Rio Amazonas e coberta, em grande parte, por floresta tropical (também chamada de floresta equatorial da Amazônia). A floresta amazônica possui 60% de sua extensão em território brasileiro. A bacia hidrográfica da Amazônia tem muitos afluentes importantes, tais como o Rio Negro e o Rio Madeira, no Estado do Amazonas, e Rio Tapajós, no Estado do Pará. O principal rio é o Rio Amazonas, que passa por outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O Rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname, Venezuela e Brasil. No Brasil, ele corta o Estado do Amazonas e do Pará, desaguando no Oceano Atlântico, ao lado da Ilha do Marajó. A sua foz é marcada pelo fenômeno da “pororoca”. É considerado o rio mais volumoso do mundo.

    Ao celebrarmos o Dia da Amazônia, recordamos as grandes conquistas já alcançadas nesta importante parcela do nosso planeta; conquistas de homens e mulheres que lutaram e continuam inspirando pessoas para defender a nossa querida e cobiçada Amazônia. Religiosos – como o bispo da Prelazia do Xingu, Dom Erwin Frautler – e sindicalistas continuam esta mesma luta, firmes no anúncio da justiça e da paz na Amazônia, mesmo diante de ameaças. Tais conquistas se deram, e se dão, em meio a muitos conflitos e, até mesmo, mortes. Recordamos particularmente: Ir. Dorothy, Pe. Josimo, Ir. Adelaide, Pe. Ezequiel; verdadeiros “mártires”. Junto a eles estão centenas de irmãos e irmãs, perseguidos porque querem a justiça do Reino de Deus e, com a força do Espírito Santo, fazem o que podem para que os pobres e os pequenos possuam a terra, e seja saciada a fome e a sede de justiça do seu povo.

    A Amazônia é conhecida por sua biodiversidade, tanto no campo madeireiro: andiroba, angelim-do-mata, cedro, cedro-roxo, cumaru, jacarandá, jatobá, maçaranduba, pau-de-arco etc.; como não madeireiro: a extração da borracha, do guaraná, do cupuaçu, da pupunha, do buriti, do açaí etc. Além disso, há também a caça e a pesca, atividades das quais o povo da Amazônia retira o seu sustento. Toda essa riqueza se encontra dentro da floresta e nos rios da Amazônia.

    Se cuidarmos da floresta e dos rios, teremos o sustento suficiente para uma vida de qualidade dos povos da Amazônia. Por toda essa riqueza, só nos resta agradecer a Deus, que a criou e a colocou aos cuidados do ser humano. Mesmo diante de tantos benefícios que se pode extrair da floresta sem precisar destruí-la, há vários projetos conhecidos por todo o povo brasileiro – como a hidrelétrica do Belo Monte, no Rio Xingu (PA) – e que estão mexendo com a vida de muitos que moram naquela região. Se fizermos uma análise bem sincera, veremos que não é necessário construir hidrelétricas naquela região, pois não irão beneficiar a população, mas tão-somente as grandes indústrias. O chamado “desenvolvimento”, as hidrelétricas, assemelha-se ao projeto da Transamazônica, que era para levar desenvolvimento à Amazônia, e que, no entanto, está parada, levando unicamente devastação e miséria ao povo. Tudo é projeto do governo federal.

    Portanto, vamos cuidar da vida, cuidar da Amazônia, cuidar deste lugar que, além de sua exuberância, que inspirou e inspira tantos poetas com sua beleza natural, é lugar também de tantos conflitos. Não vamos deixar que a injustiça prevaleça contra tantos homens e mulheres que, com sua fé e esperança, são capazes de dar a própria vida em defesa da Mãe Terra e dos seres humanos que ali vivem. E para que esta imensa biodiversidade permaneça como herança para as futuras gerações, é preciso agora mesmo tomarmos consciência e preservá-la de qualquer destruição. Lembramos que a vida, em qualquer parte do mundo, é o dom mais valioso que Deus nos deu. Que a vida dos povos da Amazônia, que cada vez mais é ameaçada pelos projetos do governo federal ou de empresas particulares, seja olhada com mais carinho, ou mesmo com um olhar mais humano, reconhecendo que seus habitantes são também seres humanos que têm direito à vida e à dignidade.


 

*Frei Jacó Paiva de Mesquita é frade franciscano, pertence à Custódia São Benedito da Amazônia e está cursando a Teologia no ITF.

 

 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
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