Frei Gustavo Wayand Medella, OFM
Frei Paulo César Magalhães Borges, OFM, foi missionário da Ordem dos Frades Menores na Tailândia por nove anos. De volta ao Brasil, esteve nesta quarta-feira, dia 28 de abril, no Instituto Teológico Franciscano, onde pôde – a convite de Frei Sinivaldo Tavares, Professor de Teologia Sistemática – compartilhar com os alunos alguns aspectos de sua experiência missionária naquele país asiático.
Frei Paulo chegou à Tailândia no dia 2 de setembro de 2001. Antes de embarcar para lá, passou por um período de estágio nos EUA, para aprimoramento do Inglês, e também morou na Fraternidade Internacional de Bruxelas, na Bélgica, onde se preparou para a missão. De acordo com o frade, a ida para Tailândia foi fruto de um sonho acalentado por ele desde o encontro com o Ministro Geral da época, Frei Giacomo Bini, que visitou Petrópolis no período em que Frei Paulo era estudante de Teologia. “Frei Giacomo Bini é uma figura muito carismática. Quando ele falou da missão na Tailândia, senti algo dentro de mim e resolvi manifestar meu desejo. O Ministro Geral acolheu meu pedido, e me respondeu com uma carta na qual indicava os passos que eu deveria seguir até me tornar missionário naquele país”, explicou.
O principal trabalho desempenhado por Frei Paulo Borges na missão foi o cuidado com pacientes em estado terminal portadores do vírus HIV. “Eu atuava no cuidado deles e dei tudo de mim para que a vida daquelas pessoas fosse resgatada”, confidenciou Frei Paulo, que mais tarde se tornou diretor do centro onde atuou, denominado Casa Santa Clara.
Outro tema abordado pelo religioso foi o esforço para se adaptar à cultura do país e também para conseguir um nível de diálogo com as outras práticas religiosas. Segundo Frei Paulo, dos 67 milhões de habitantes da Tailândia, 95% são budistas e apenas 170 mil são católicos batizados. “Sempre procurei olhar tudo com o ocular de Deus, tentando enxergar Jesus em cada irmão de outra tradição religiosa”, contou.
Frei Paulo Borges agora está transferido para Colatina-ES. Confessa que sente falta do trabalho e da vida na Tailândia, mas, por outro lado, se diz com “muita garra” para assumir esta nova missão que a Província lhe confere. Atualmente, a Fundação Franciscana da Tailândia conta com sete frades e Profissão Solene, quatro professos temporários e dois noviços.
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