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Quando pensamos em saúde, o primeiro que nos vem à mente é saúde física: bem estar, ausência de dor. Um olhar mais amplo, porém, sugere que saúde é resultado da conjugação de diversos fatores, que incluem aspectos mentais ou emocionais.
Na dimensão emocional, nossa forma de reagir às situações que a vida nos apresenta pode ser uma fonte de muitos dissabores e sofrimento. Por exemplo: é fácil sermos educados e respeitosos com quem nos trata bem. Mas, e quando não acontece desta forma? E quando “o sangue sobe à cabeça”? Na verdade, o comum é que nossas reações sejam na mesma sintonia que as dos nossos interlocutores. Muita gente chega até a dizer: “Eu trato as pessoas da forma como me tratam”. Mas o resultado disso é que, muitas vezes, digo ou faço coisas que deterioram minhas próprias relações. Principalmente relações próximas, familiares. Como todos já observaram, há palavras e atitudes cujos efeitos podem ser irreversíveis. Podem resultar na perda da confiança, e até do amor... Efeitos tão profundos que nem o arrependimento os pode corrigir.
Mudar minhas formas negativas, passionais, de reagir à determinadas circunstâncias é uma meta que, sem dúvida alguma, trará grandes benefícios a mim, aos meus familiares, meus amigos, enfim. à minha vida. Mas é legítimo se perguntar: será que isso é possível? A resposta é “SIM!”. Para quem duvida, a história de vida de muitos santos ilustra isso claramente. Mas... como fazer para realizar essa mudança interior? Como aprender a manter-se íntegro e sereno, sem deixar-se levar por “ondas” de emoções negativas? Como crescer (interiormente) para ser capaz de criar e manter minha saúde emocional?
Mudar minha forma de ser é possível. Mas não é fácil. Exige disposição para ingressar em uma luta feroz contra mim mesmo. Nessa luta, precisarei de duas ferramentas: consciência do que precisamos mudar, e força de vontade para empreender essa mudança.
A prática de atividades ditas “meditativas” dá início a uma caminhada de crescimento interior que, por sua vez, é caminho seguro para o almejado equilíbrio emocional. Há muitas formas de alcançar o estado meditativo. Todas têm uma característica em comum: são capazes de nos afastar do universo pessoal, particular, em que normalmente vivemos imersos. Um verdadeiro mundo de compromissos, preocupações, lembranças, planejamentos, afazeres, com os quais nos mantemos permanentemente ocupados. Quando conseguimos sair desse nosso mundo, quando o silêncio interior se estabelece em nós, então começamos a perceber mundos até então desconhecidos. Os mundos das outras pessoas. E, acima deles, e do meu próprio mundo, sem esforço, gradualmente, vai se tornando visível a obra do Criador: o Universo.
Meditar, portanto, é sair da reclusão do seu próprio mundo, sair da cegueira que esta reclusão provoca, e perceber a riqueza do Outro e do Universo.
Nesta semana:
Palestra: Música e saúde.
Dia: 26/04, às 19h30.
Palestrante: Frei Ademir José Peixer (Músico).
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