Curso de Extensão:
"Viver com saúde: envelhecer com sabedoria"
Temos conhecimento que desde a antiguidade existe a preocupação com o envelhecimento e seus efeitos sobre as pessoas; existe igualmente o sonho de se reverter este processo ou de se manter por maior tempo a juventude. Há uma resistência em se compreender o envelhecimento como riqueza e sabedoria, assim como Buda a compreendeu: "Que tristeza, que os fracos e ignorantes, embriagados pelo orgulho de sua juventude, não vejam a velhice!" O envelhecimento é um processo universal, inexorável, mas tem efeito diferente sobre cada indivíduo, de acordo com sua história cultural, emocional e pessoal.
A população mundial vive um processo de envelhecimento, onde a expectativa de vida tende a crescer cada vez mais. Busca-se, então, chegar à terceira idade numa situação de normalidade, sem decréscimo da qualidade de vida. Normalidade, não entendida como ausência de doenças, mas como performance de vida encontrada e experimentada apesar delas. Um idoso bem-sucedido neste processo assume papel ativo na vida e na sociedade.
Diante do cenário caracterizado pelo aumento da expectativa de vida, pela perpetuação de um sistema de distribuição de renda desigual, pelo sistema de saúde precário, pelo despreparado familiar e político, que perspectivas temos em relação ao futuro?
É necessário cuidado com a forma como que lidamos com as dificuldades e os medos relativos ao envelhecimento. Um idoso que não se preparou para esta etapa e que não se vê realizado torna-se vítima de sua própria discriminação; sua autopercepção o afeta negativamente. Cada um se vê a partir do espelho da vida que levou. Envelhecer com sabedoria requer acomodar o estilo pessoal e social de vida à sua nova realidade, reconhecendo seus novos limites potencialidades e, acima de tudo, mantendo a vontade de continuar a viver. "Não retoquem minhas rugas, eu levei tempo para cultivá-las" (Anna Magnani). O apoio familiar também é imprescindível.
Muitos estudos, hoje publicados em revistas científicas, garantem que a espiritualidade influencia diretamente na saúde e na qualidade de vida. A religião/espiritualidade torna-se fonte de conforto, segurança e força, necessária para passar pelo processo do envelhecimento e pelas doenças que com ele surgem.
O que vem por aí...
Na semana que vem, iniciamos o terceiro e último bloco de palestras:
CAMINHOS DE INTEGRAÇÃO
10/05 - Santos: pessoas integradas
Frei Elói D. Piva e Frei Sandro R. da Costa (Historiadores)
17/05 - Resiliência diante da doença, sofrimento, depressão.
Frei Fernando Araújo Lima (Psicólogo)
24/05 - Morte, luto: busca de sentido.
Irmã Bernadete Pinho (Psicóloga)
31/05 - A Partida (filme)
07/06 - Imortalidade: um olhar integrado da vida.
Frei Antônio Everaldo (Professor de Sagrada Escritura)
14/06 - Experiências de Reintegração
Painel com convidados
Todas as palestras entre 19h30 e 22h.
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